sábado, 1 de maio de 2010

Tratamento das dislipidemias

Tratamento:


Tratamento Não-medicamentoso:

1.        Terapia nutricional

Ácidos graxos insaturados:
Os ácidos graxos ômega-3 são encontrados respectivamente nos vegetais (soja, canola e linhaça) e em peixes de águas frias (cavala, sardinha, salmão, arenque). Promovem redução dos triglicérides plasmáticos pela diminuição da síntese hepática deVLDL, podendo ainda exercer outros efeitos cardiovasculares, como redução da viscosidade do sangue, maior relaxamento do endotélio e também efeitos anti-arrítmicos.
Os ácidos graxos monoinsaturados tem como principais fontes dietéticas o óleo de oliva, óleo de canola, azeitona, abacate e oleaginosas (amendoim, castanhas, nozes, amêndoas).

     Fibras:
As fibras solúveis são representadas pela pectina (frutas) e pelas gomas (aveia, cevada e leguminosas: feijão, grão de bico, lentilha e ervilha). Estas fibras reduzem o tempo de trânsito
gastrointestinal e a absorção enteral do colesterol. O farelo de aveia é o alimento mais rico em fibras solúveis e pode, portanto, diminuir moderadamente o colesterol sangüíneo.

Proteína de soja:
Pode ser considerado como auxiliar no tratamento da hipercolesterolemia As principais fontes de soja na alimentação são: feijão de soja, óleo de soja, queijo de soja (tofu), molho de soja (shoyo), farinha de soja, leite de soja e o concentrado protéico da soja.

Antioxidantes:
Os antioxidantes, dentre eles os flavonóides, presentes na dieta podem potencialmente estar envolvidos na prevenção da aterosclerose por inibirem a oxidação das LDL, diminuindo sua aterogenicidade e, conseqüentemente, o risco de doença arterial coronária. Os flavonóides são encontrados nos alimentos, principalmente nas verduras, frutas (cereja, amora, uva, morango, jabuticaba), grãos, sementes, castanhas, condimentos e ervas e também em bebidas como vinho, suco de uva e chá.






2.        Atividade física:

A atividade física regular constitui medida auxiliar para o controle das dislipidemias e tratamento da doença arterial coronária.
A prática de exercícios físicos aeróbios promove redução dos níveis plasmáticos de TG, aumento dos níveis de HDL-C, porém sem alterações significativas sobre as concentrações de
LDL-C.

Além da avaliação clínica, deve ser realizado um teste ergométrico ou teste cardio-respiratório em esforço (ergoespirometria) para determinação da capacidade física individual e da intensidade de treinamento a ser preconizada.

O programa de treinamento físico, para a prevenção ou para a reabilitação, deve incluir exercícios aeróbios, tais como, caminhadas, corridas leves, ciclismo, natação. Os exercícios devem ser realizados de três a seis vezes por semana, em sessões de duração de 30 a 60 minutos.

3.        Cessação do Tabagismo

Tratamento Medicamentoso:

Os hipolipemiantes devem ser empregados sempre que não houver efeito satisfatório das MEV ou impossibilidade de aguardar os efeitos da MEV por prioridade clínica. A escolha da classe terapêutica está condicionada ao tipo de dislipidemia presente.

·          Associação entre medicamentos
A terapia medicamentosa combinada somente deve ser considerada após período adequado de correção alimentar e exercícios e de uma única medicação ter-se mostrado ineficiente. Deve ser encarado passo a passo, adicionando-se um medicamento de cada vez. Avaliar perfil lipídico em média seis semanas após cada medicamento, como também efeitos colaterais.

·          Medicamentos que atuam predominantemente na colesterolemia
Na hipercolesterolemia isolada, os medicamentos recomendados são as estatinas, que podem ser administradas em associação à ezetimiba, colestiramina e eventualmente a fibratos ou ácido nicotínico.

                     I.      Estatinas ou inibidores da HMG-CoA redutase:

As estatinas devem ser administradas por via oral, em dose única diária, preferencialmente       à noite. Os efeitos adversos são raros durante tratamento com estatinas. Os mais graves, como hepatite, miosite e rabdomiólise, são observados ainda mais raramente.

No entanto, para identificar possíveis efeitos adversos recomenda se a dosagem dos níveis basais de creatinofosfoquinase (CK) e de transaminases (especialmente de ALT) e a repetição na primeira reavaliação ou a cada aumento de dose, após 6 semanas de tratamento.

Recomenda-se monitorização cuidadosa em pacientes que apresentarem dor muscular e ou aumento de CK de 3 a 7 X o limite superior da normalidade (LSN).
As estatinas devem ser suspensas caso ocorra um ou mais dos seguintes critérios:
                           ↑ progressivo da CK
                           ↑ da CK acima de 10 vezes ou persistência dos sintomas musculares.

Nestas situações, após normalização do distúrbio que levou à suspensão, a mesma estatina com dose menor pode ser reiniciada ou outra estatina pode ser tentada.

                   II.      Ezetimiba

A ezetimiba é um inibidor de absorção do colesterol que atua na borda em escova das células intestinais inibindo à ação da proteína transportadora do colesterol. Usada isoladamente, reduz cerca de 20 % o LDL-C. Em associação com estatinas, a ezetimiba pode ser usada em casos de elevações persistentes do LDL-C apesar de doses adequadas de estatinas.

A ezetimiba é empregada na dose única de 10 mg ao dia.
Pode ser administrada a qualquer hora do dia, com ou sem alimentação, não interferindo na absorção de gorduras e vitaminas lipossolúveis. Até o momento, raros efeitos colaterais têm sido apontados. Por precaução, recomenda-se que ela não seja utilizada em casos de dislipidemia com doença hepática aguda.

                 III.      Resinas de troca:

São fármacos que reduzem a absorção intestinal de sais biliares e, conseqüentemente, de colesterol. Portanto, a colestiramina pode ser usada como adjuvante às estatinas no tratamento das hipercolesterolemias graves, podendo também ser utilizada em crianças, sendo a única liberada para mulheres no período reprodutivo sem método anticoncepcional efetivo.

A colestiramina (único inibidor disponível no Brasil) é apresentada em envelopes de 4 g. A posologia inicial é de 4g ao dia, podendo-se atingir no máximo 24 g/dia. Posologias superiores a 16 g/dia são dificilmente toleradas. Diminui eventualmente a absorção de vitaminas lipossolúveis (A, D, K, E) e de ácido fólico.
           
Suplementação desses elementos a crianças, ou eventualmente a adultos, pode ser necessária.
Entre os efeitos bioquímicos, verifica-se eventualmente aumento dos triglicérides, secundário ao estímulo à síntese hepática de VLDL. Como conseqüência, seu uso deve ser evitado na hipertrigliceridemia, particularmente se houver níveis acima de 400mg/dL. Qualquer medicamento concomitante deve ser utilizado 1 hora antes ou 4 horas depois da administração das resinas.


·          Medicamentos que atuam predominantemente nos TG

No tratamento da hipertrigliceridemia isolada são prioritariamente indicados os fibratos e, em segundo lugar, o ácido nicotínico ou a associação de ambos. Pode-se ainda utilizar nesta dislipidemia, o ácido graxo ômega-3 isoladamente ou em associação com os fármacos. Na hiperlipidemia mista, o nível de triglicérides deverá orientar como o tratamento farmacológico será iniciado.

Caso os níveis de TG estejam acima de 400 mg/dL, deve-se iniciar o tratamento com um fibrato, adicionando se necessário ácido nicotínico e/ou ômega-3. Nesta situação, a meta prioritária é a redução do risco de pancreatite.
Após reavaliação, caso haja a necessidade de redução adicional da colesterolemia, pode-se adicionar uma estatina e/ou outros redutores do colesterol.
Caso os níveis de triglicérides estejam abaixo de 400 mg/dL, deve-se iniciar o tratamento com uma estatina isoladamente ou associada à ezetimiba.

                 IV.      Fibratos:

Os fibratos são indicados no tratamento da hipertrigliceridemia endógena quando houver falha das medidas não farmacológicas. Quando os TG forem muito elevados (> 500 mg/dL) são recomendados inicialmente, junto com as medidas não farmacológicas. Após seis semanas realizar novo perfil lipídico, AST, ALT e CPK, associar estatina apenas após a reavaliação inicial com o fibrato.

Podem ocorrer: distúrbios gastrintestinais, mialgia, astenia, litíase biliar, diminuição de libido, erupção cutânea, prurido, cefaléia, perturbação do sono. Raramente observa-se aumento de enzimas hepáticas e/ou CK, também de forma reversível com a interrupção do tratamento.

Recomenda-se cautela nas seguintes condições clínicas:
     a) Portadores de doença biliar
     b) Uso concomitante de anticoagulante oral, cuja posologia deve ser ajustada.
     c) Pacientes com função renal diminuída
     d) Associação com estatinas.


                   V.      Ácido nicotínico

O ácido nicotínico reduz a ação da lipase tecidual nos adipócitos, levando à menor liberação de ácidos graxos livres para a corrente sangüínea. Como conseqüência, reduz-se a síntese de TG pelos hepatócitos. Reduz o LDL-C em 5% a 25%, aumenta o HDL-C em 15 a 35% e diminui as triglicérides em 20 a 50%.

O ácido nicotínico pode ser utilizado em pacientes com HDL-C baixo isolado, mesmo sem hipertrigliceridemia associada, e como alternativa aos fibratos e estatinas ou em associação com esses fármacos em portadores de hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia ou dislipidemia mista.

Como os efeitos adversos relacionados ao rubor facial ou prurido ocorrem com maior freqüência no início do tratamento, recomenda-se dose inicial de 500 mg ao dia com aumento gradual, em geral para 750 mg e depois para 1000 mg, com intervalos de quatro semanas a cada titulação de dose, buscando-se atingir 1 a 2 g diárias.

Com a forma de liberação intermediária e o uso de doses atualmente mais baixas de niacina, outros efeitos como alterações gastrintestinais, hiperglicemia e hiperuricemia tornaram-se mais raros



Dislipidemias



                                         
  Classificação das dislipidemias:

·          Dislipidemia primária: (adotada no Brasil)

a) Hipercolesterolemia isolada:
Elevação isolada do LDL-C (≥ 160 mg/dL).

b) Hipertrigliceridemia isolada:
Elevação isolada dos TG (≥150 mg/dL), que reflete o aumento do volume de partículas ricas em TG como VLDL, IDL e quilomícrons.

c) Hiperlipidemia mista:
Valores aumentados de ambos LDL-C (≥ 160 mg/dL) e TG (≥150 mg/dL). Nestes indivíduos, pode-se também utilizar o Não-HDL-C como indicador e meta terapêutica. Nos casos com
TG ≥ 400 mg/dL, quando o cálculo do LDL-C pela fórmula de Friedewald é inadequado, considerar-se-á hiperlipidemia mista se o CT for maior ou igual a 200 mg/dL.

d) HDL-C baixo:
Redução do HDL-C (homens <40 mg/dL e mulheres <50 mg/dL) isolada ou em associação com aumento de LDL-C ou de TG.


·          Dislipidemia Secundária:

1) Predomínio de Triglicérides                       2) Predomínio do colesterol
Obesidade                                                          Hipotireoidismo
Diabetes                                                             Colestase
Alcoolismo                                                        Síndrome nefrótica
Uremia                                                              Anorexia nervosa
Betabloqueadores                                              Pofiria
Isotretinoína                                                      Hepatoma
Inibidores da protease                                       Diuréticos, ciclosporina
Acromegalia

                                                                                       
          Fatores de Risco para Aterosclerose que Modificam as Metas de LDL-C

- Fumo
- Hipertensão arterial sistêmica (PA ³ 140/90 mmHg)
- HDL-C < 40 mg/dL
- Diabetes mellitus (diabéticos são considerados portadores de aterosclerose)
- Idade:
          ³ 45 anos, homens
          ³ 55 anos, mulheres
- Histórico familiar de surgimento precoce e aterosclerose (parentes de 1º grau):
          < 55 anos, homens
          < 65 anos, mulheres

Obs: Taxas de HDL-C acima de 60 mg/dL são consideradas um fator protetor. Quando presentes, deve-se descontar um fator de risco da soma no escore de risco cardiovacular

Fatores agravantes de risco:
·          História familiar de doença coronária prematura (parente de primeiro grau masculino < 55 anos ou feminino < 65 anos)
·          Síndrome metabólica
·           Micro ou macroalbuminúria (>30 μg/min)
·          Hipertrofia ventricular esquerda
·           Insuficiência renal crônica (creatinina ≥1,5 mg/dL ou clearance de creatinina < 60 ml/min)
·           Proteína-C-reativa de alta sensibilidade >3 mg/L (na ausência de etiologia não aterosclerótica)
·          Exame complementar com evidência de doença aterosclerótica subclínico
·          Escore de cálcio coronário > 100 ou > percentil 75 para idade ou sexo
·          Espessamento de carótida (IMT) máximo > 1 mm.
·          Índice tornozelo braquial-ITB < 0,9
    

·          Recomendações das III Diretrizes Brasileiras sobre Dislipidemias
       
1.        Perfil lipídico desejável para adultos
       CT: < 200 mg/dL
       TG < 150 mg/dL
       LDL-C < 130 mg/dL
       HDL-C > 45 mg/dL

2.        Perfil lipídico para a faixa etária de 2 a 19 anos
       Desejáveis            Limítrofes      Aumentados
       CT: < 150              150-169             ≥ 170
       LDL-C: < 100       100-129             ≥130
       HDL-C: ≥ 45
       TG: < 100              100-129             ≥ 130




Bibliografia:

·          Revista Brasileira de Medicina – Volume 63 – Edição especial – Dezembro de 2006 – moreira jr.editora ltda. Site: www.moreirajr.com.br

·          Condutas em Clínica Médica – 3º edição – 2004 – Editora Médica e Cientifica Ltda.

·          Arquivos Brasileiros de Cardiologia (IV Diretriz Brasileira sobre dislipidemia e prevenção da aterosclerose) – Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Volume 88, Suplemento I, abril de 2007. Site: www.cardiol.br.

·          Endocrinologia Clínica – Terceira edição- 2006 -Editora Guanabara Koogan, editor- chefe Lucio Vilar.

·          Ministério da Saúde - Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Coordenação de Desenvolvimento de Práticas da Atenção Básica.
      Área Técnica de Diabetes e Hipertensão Arterial. E-mail: psf@saude.gov.br .

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Síndrome de ovários policísticos


É a endocrinopatia mais comum, que acomete as mulheres na menacma, com prevalência estimada entre 5 – 10%.



Nos últimos anos tem sido destacada a associação de SOP com a síndrome metabólica (resistência insulínica), associada com manifestações metabólicas e vasculares.
5 a 8 % das mulheres durante sua vida reprodutiva. 50 % entre as hirsutas
Das mulheres com SOP, 30-60 % tem resistência insulínica e aproximadamente 50% são obesas.
Caracterizada por hiperandrogenismo, anovulação crônica e ovários policísticos.



Definição: de acordo com consenso The Rotterdam ESHRE/ASRM workshop group, 2004 os critérios são:

  • Oligoamenorréia e / ou anovulação
  • Sinais clínicos e/ou laboratoriais de hiperandrogenismo
  • Ovários policísticos à ultra-sonografia
  • Dois dos três critérios configura a SOP

Exclusão de outras etiologias de hiperandrogenismo!
(Ex: hiperplasia adrenal congênita, Síndrome de Cushing e tumores secretores de androgênios).

Fisiopatologia:

§         Anormalidades esteroidogênese
ü      Ovariana
ü      Adrenal
§         Anormalidades eixo hipotálamo-hipófise-ovariano
§         Hiperinsulinemia

LH: regula a síntese de androgênios pelas células da teça

FSH: é responsável pela atividade das aromatase nas células da granulosa, determinando assim quanto estrogênio é sintetizado a partir dos precursores androgênicos.

Na SOP as mulheres apresentam níveis mais altos de LH devido ao aumento da sensibilidade hipofisária ao GnRH, ocasionando aumento da freqüência e amplitude dos pulsos e LH. Onde ocorre um aumento do LH em relação ao FSH, com ovários passando a sintetizar preferencialmente andrógenos.

Aumento do IGFs que levam ao aumento dos folículos, mas não a sua completa maturação, levando a formação de cistos.

Ocorre aumento de androgênios ovarianos e adrenal.
A insulina exerce um papel direto e indireto na patogênese da hiperandrogenemia na SOP.
Conseqüências precoces e tardias da SOP:

§         Infertilidade
§         Abortamento recorrente espontâneo
§         Dislipidemia: ↑ CT, LDL e Tg, e ↓ HDL.
§         Hipertensão arterial
§         DM tipo 2
§         Aterosclerose coronariana, AVC.
§         Carcinoma endometrial e câncer de mama


  Diagnóstico: critérios de acordo com o consenso The Rotterdam

·        Anamnese:
Interrogar sobre parentes com quadro de SOP
Avaliar irregularidades menstruais: oligomenorréia – amenorréia
   Obesidade, hirsutismo, acne, pele oleosa, infertilidade, puberdade precoce.


·        Exame físico:
Avaliar peso, altura, IMC, CA.
Acantose nigricans (marcador de resistência insulínica).
Avaliar PA
Grau de hirsutismo pelo índice de Ferriman - Gallwey, onde valores até oito são considerado normal.
Sinais de virilização: alopecia, redução das mamas, alteração da voz, aumento do clitóris, distribuição da massa muscular tipo masculina – sugere causas tumorais.
Acne
·        Anamnese:
  Interrogar sobre parentes com quadro de SOP
  Avaliar irregularidades menstruais: oligomenorréia – amenorréia
     Obesidade, hirsutismo, acne, pele oleosa, infertilidade, puberdade precoce.
  
  
·        Exame físico:
  Avaliar peso, altura, IMC, CA.
  Acantose nigricans (marcador de resistência insulínica).
  Avaliar PA
  Grau de hirsutismo pelo índice de Ferriman - Gallwey, onde valores até oito são considerado normal.
  Sinais de virilização: alopecia, redução das mamas, alteração da voz, aumento do clitóris, distribuição da massa muscular tipo masculina – sugere causas tumorais.
  Acne

     Escala de Ferriman-Gallwey:

 
  ·        Exames laboratoriais:

ü      Testosterona total
ü      17-OH progesterona
ü      Prolactina
ü      Glicemia de jejum teste de tolerância à glicose com 75g de glicose anidra.
ü      Insulina de jejum
ü      HOMA (RI): insulina de jejum X glicemia de jejum/ 405. Valores > 2,5 são indicativos de resistência insulínica.
ü      Perfil lipídico
ü      USG pélvica ou transvaginal: avaliar cistos: presença de 10 ou mais folículos com 2-10 mm em cada ovário.
ü      Na suspeita de disfunção tireoidiana ou em mulher fértil com desejo de engravidar: solicitar função tireoidiana.
ü      Na suspeita de tumor adrenal: solicitar S-DHEA
ü      Na suspeita de Síndrome de Cushing: solicitar cortisol plasmático após o teste de overnight com dexamentasona.


   
 ·        Tratamento:
 Vai depender dos sintomas que a mulher apresenta.
ü      Hirsutismo
ü      Alterações menstruais
ü      Desejo de engravidar
ü      Resistência insulínica

       Orientações gerais:
       Mudanças no estilo de vida com dieta balanceada e atividade física regular.

  • Regularização dos ciclos menstruais: uso de ACO como Diane, yasmin por três meses inicialmente com posterior avaliação.

  • Melhorar o hirsutismo: drogas antiandrógenicas-espironolactona: na dose de 50-100mg/dia, iniciar com dose baixa em torno de 25mg/2 vezes ao dia, se tolerar bem aumentar para 50mg/duas vezes ao dia avaliar com três meses,associar ao anticoncepcional oral ou acetato de ciproterona na dose de 25-50mg nos primeiros 10 dias do ciclo (é uma progesterona potente, com ação antiandrógena moderada) e tratamentos dermatológicos de depilação.

  • Indução da ovulação:

ü      Metformina na dose máxima de 1500mg/dia
ü      Citrato de clomifeno: dose inicial de 25-50mg/dia por cinco dias
ü      Gonadotropinas: nos casos em que não houve resposta com metformina ou clomifeno.
ü       
§         Agentes sensibilizantes da insulina:
ü      Metformina
ü      Glitazonas



      Bibliografia:

·        Ginecologia endócrina – manual de orientação – Frebasgo – 1996

·        Endocrinologia Clínica – Terceira edição- 2006 -Editora Guanabara Koogan, editor- chefe Lucio Vilar.

·        Artigo de revisão: Hiperandrogenismo e pele: síndrome do ovário policístico e resistência periférica à insulina – Artido Brasileiro de Dermatologia, 2005.