sábado, 1 de maio de 2010

Dislipidemias



                                         
  Classificação das dislipidemias:

·          Dislipidemia primária: (adotada no Brasil)

a) Hipercolesterolemia isolada:
Elevação isolada do LDL-C (≥ 160 mg/dL).

b) Hipertrigliceridemia isolada:
Elevação isolada dos TG (≥150 mg/dL), que reflete o aumento do volume de partículas ricas em TG como VLDL, IDL e quilomícrons.

c) Hiperlipidemia mista:
Valores aumentados de ambos LDL-C (≥ 160 mg/dL) e TG (≥150 mg/dL). Nestes indivíduos, pode-se também utilizar o Não-HDL-C como indicador e meta terapêutica. Nos casos com
TG ≥ 400 mg/dL, quando o cálculo do LDL-C pela fórmula de Friedewald é inadequado, considerar-se-á hiperlipidemia mista se o CT for maior ou igual a 200 mg/dL.

d) HDL-C baixo:
Redução do HDL-C (homens <40 mg/dL e mulheres <50 mg/dL) isolada ou em associação com aumento de LDL-C ou de TG.


·          Dislipidemia Secundária:

1) Predomínio de Triglicérides                       2) Predomínio do colesterol
Obesidade                                                          Hipotireoidismo
Diabetes                                                             Colestase
Alcoolismo                                                        Síndrome nefrótica
Uremia                                                              Anorexia nervosa
Betabloqueadores                                              Pofiria
Isotretinoína                                                      Hepatoma
Inibidores da protease                                       Diuréticos, ciclosporina
Acromegalia

                                                                                       
          Fatores de Risco para Aterosclerose que Modificam as Metas de LDL-C

- Fumo
- Hipertensão arterial sistêmica (PA ³ 140/90 mmHg)
- HDL-C < 40 mg/dL
- Diabetes mellitus (diabéticos são considerados portadores de aterosclerose)
- Idade:
          ³ 45 anos, homens
          ³ 55 anos, mulheres
- Histórico familiar de surgimento precoce e aterosclerose (parentes de 1º grau):
          < 55 anos, homens
          < 65 anos, mulheres

Obs: Taxas de HDL-C acima de 60 mg/dL são consideradas um fator protetor. Quando presentes, deve-se descontar um fator de risco da soma no escore de risco cardiovacular

Fatores agravantes de risco:
·          História familiar de doença coronária prematura (parente de primeiro grau masculino < 55 anos ou feminino < 65 anos)
·          Síndrome metabólica
·           Micro ou macroalbuminúria (>30 μg/min)
·          Hipertrofia ventricular esquerda
·           Insuficiência renal crônica (creatinina ≥1,5 mg/dL ou clearance de creatinina < 60 ml/min)
·           Proteína-C-reativa de alta sensibilidade >3 mg/L (na ausência de etiologia não aterosclerótica)
·          Exame complementar com evidência de doença aterosclerótica subclínico
·          Escore de cálcio coronário > 100 ou > percentil 75 para idade ou sexo
·          Espessamento de carótida (IMT) máximo > 1 mm.
·          Índice tornozelo braquial-ITB < 0,9
    

·          Recomendações das III Diretrizes Brasileiras sobre Dislipidemias
       
1.        Perfil lipídico desejável para adultos
       CT: < 200 mg/dL
       TG < 150 mg/dL
       LDL-C < 130 mg/dL
       HDL-C > 45 mg/dL

2.        Perfil lipídico para a faixa etária de 2 a 19 anos
       Desejáveis            Limítrofes      Aumentados
       CT: < 150              150-169             ≥ 170
       LDL-C: < 100       100-129             ≥130
       HDL-C: ≥ 45
       TG: < 100              100-129             ≥ 130




Bibliografia:

·          Revista Brasileira de Medicina – Volume 63 – Edição especial – Dezembro de 2006 – moreira jr.editora ltda. Site: www.moreirajr.com.br

·          Condutas em Clínica Médica – 3º edição – 2004 – Editora Médica e Cientifica Ltda.

·          Arquivos Brasileiros de Cardiologia (IV Diretriz Brasileira sobre dislipidemia e prevenção da aterosclerose) – Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Volume 88, Suplemento I, abril de 2007. Site: www.cardiol.br.

·          Endocrinologia Clínica – Terceira edição- 2006 -Editora Guanabara Koogan, editor- chefe Lucio Vilar.

·          Ministério da Saúde - Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Coordenação de Desenvolvimento de Práticas da Atenção Básica.
      Área Técnica de Diabetes e Hipertensão Arterial. E-mail: psf@saude.gov.br .

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